De Volta na Pinacoteca com OSGEMEOS (e trigêmeos)

Aproveitando que a pandemia tinha dado uma aliviada, marcamos uma visita a exposição OSGEMEOS – Segredos na Pina. Não foi fácil, mas conseguimos marcar pra um domingo as 18h – e sim, tem que agendar data e hora, afinal temos que evitar aglomerações.

Para quem achava que OSGEMEOS – Otávio e Gustavo Pandolfo eram “apenas” ídolos internacionais do graffiti, prepare-se para descobrir os segredos que essa exposição guarda. E são muitos: Desde instalações infláveis gigantes, passando por multi-media, dança, hip hop, fotografia e memorabilia desde os primórdios com os jovens artistas da região central de São Paulo.

Já tínhamos tentado ir em duas exposições dos gêmeos no passado, mas desistimos na porta, ao ver as filas. Dessa vez deu certo, mas você tem que comprar ingressos com antecedência no site https://pinacoteca.org.br/programacao/osgemeos-segredos/ e exposição vai até 22 de Fevereiro.

Obs: A venda dos ingressos está suspensa devido ao retorno a “fase amarela” da pandemia de COVID19 na cidade de São Paulo. Fiquem de olho e cuidem-se bem.

Música e Filet no Centrão

Oi, aqui é a Marina.

Hoje passamos um dia cansativo, porém muito divertido!Com o convite da tia Keka, começamos no Teatro Municipal pra ver uma apresentação da Filarmônica Bachiana do SESI – SP, liderada pelo maestro João Carlos Martins. Tudo começou com a participação de outros corais, cantores de ópera, sempre acompanhado por um lindo som de violinos e outros instrumentos de corda e de sopro. Foi uma ótima experiência! O ingresso custava R$20 e é bom ficar ficar de olho nas próximas apresentações…

Saindo do teatro com toda a família, andamos até um restante chamado Rei do Filet o antigo Filet do Morais, que tem mais de 100 anos (desde 1914!). O lugar é bem simples porem muito gostoso! Eu pedi um bife a parmegiana com minha mãe e tia e meus avós e tios pediram outros tipos de bife com alho, batatas fritas e saladas. Fica ali na praça Julio de Mesquita e não precisa se preocupar, pois o lugar é tranquilo e a comida muito boa e sem filas de espera. E ainda ganhamos uns sorvetes de sobremesa… Um achado!

Terminamos o dia com uma caminhada pela Av São João, cruzando o Vale do Anhangabaú, passando ao lado dos edifícios Martinelli, Banespa, até o Metrô da Sé aproveitando uma linda tarde.

50 anos do Realismo no CCBB – Centro de SP

Não sabia o que esperar da visita ao Centro Cultural Banco do Brasil nesse último domingo.  Entendi que era uma exposição sobre o Realismo, com obras de artistas plásticos brasileiros e estrangeiros, mas como não sei nada desse movimento contemporãneo que se opôs ao abstracionismo, fiquei em dúvida se seria legal.

Mas nós e as crianças, dessa vez acompanhados pelos nossos vizinhos queridos, não nos arrependemos, pois foi uma visita sensacional!

A começar por uma aula de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) dada por monitores logo no lindo saguão do CCBB por monitores muito legais.

O pessoal do CCBB fez um belo trabalho de curadoria e organização do espaço, com obras impresionantes e super (hiper) realistas! A exposição era dividida em várias salas começando do 4o andar e descendo até o subsolo (cofre do banco).  Algumas das obras eram interativas, com atividades e vídeos envolvendo tecnologia.                                                                                                                                        Também visitamos a loja no térreo que estava bem interessante e com um bonito catálogo que dá um bom presente de Natal… e com ENTRADA GRÁTIS ainda por cima! Ou seja, vale muito a pena aparecer por lá!

Colaborou: Marina S. Munhoz

O Farol Santander – no incrível “Edifício Banespa”

A nossa família adora o centro da cidade, como vocês já sabem… Contudo, nunca tínhamos visitado o maior ícone da região. Literalmente o maior e mais alto: o prédio que aprendemos com o vovô Gil a chamar de “Edifício Banespa” e que está ali desde 1947. Chamado de edifício Altino Arantes, foi durante décadas o prédio mais alto da cidade e do hemisfério sul com seu estilão inspirado no Empire State Building novaiorquino.

Em Janeiro de 2018 o prédio foi reinaugurado para ser o que agora se chama Farol Santander. São mais de 26 andares, mas atualmente só 13 estão disponíveis para visita.

Os primeiros andares são sobre a história do edifício Banespa, da construção ao auge da fama. As crianças curtiram a parte do antigo banco do estado, retratando uma agência dos anos 50 perfeitamente como era.  Gostamos muito da exposição do 4o andar com um trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz, onde ele retrata a vista do alto do Banespa usando sucata.

A exposição sobre José Saramago também estava muito boa e incluía um lugar para os pequenos brincarem e um carro muito louco.

No 21o andar tem a pista de skate desenhada pelo Bob Burnquist, com muitas rampas para andar de skate. Mas as crianças sem skate podem simplesmente deslizar por ali, aproveitando a falta de regras.

No 25o e 26o andares, para fechar a visita havia um café Suplicy e um mirante, ambos espetaculares. O mirante tinha uma vista muito bonita para o centrão e, no por do sol, é mais bonito ainda… o café também é show.

Valor da visita: R$15 e crianças pagam 1/2. É altamente recomendado comprar pela web antes de ir… http://www.farolsantander.com.br

Obs: Este post marca uma nova fase do Abrace o Caos, pois foi escrito em parceria com o Antonio. Sinto que em breve teremos novos colaboradores 🙂

 

No Theatro! #meuprimeiromunicipal (com eles) – Joāo de Barro para Crianças

O prédio do Theatro Municipal de Såo Paulo é coisa muito fina. Quase uma réplica da Ópera de Paris, foi projetado pelo escritório Ramos de Azevedo, com colaboração italiana e inaugurado em 1911,  com a grana dos barões do café. Queriam impressionar a populaçāo e agradar a elite  Paulistana… coisa que o prédio ainda faz muito bem!

Demorou um pouco, mas por idéia da Dani, voltamos lá para ver um espetáculo neste fim de semana. Dessa vez, fomos com as crianças, numa homenagem músical e teatral ao João de Barro – o Braguinha – compositor responsável por aqueles disquinhos coloridos que tocávamos nas vitrolas da infância (anos 70). O programa chama Meu Primeiro Municipal (#eunomunicipal) e é uma para ficarmos ligados, inclusive porque os preços são bem decentes: Meias R$15 e Inteiras R$30.

Um conjunto de instrumentos muito afinados acompanhava atores-cantores líricos que interpretavam o conteúdo clássico da Coleção Disquinho (no Youtube hoje em dia): Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau (ótimo),  A formiguinha e a neve (triste pra caramba), Dona Baratinha e João Ratão (divertidíssimo), a Formiga e a Cigarra (fábula que considero brasileiríssima), criando um túnel do tempo para os pais e avós… e uma estranha familiaridade anti-Disney para os pequenos.

Parabéns a equipe e aos atores do Opera Studio do Theatro Municipal de São Paulo, por mandarem muito bem, mesmo com tanta interferência infantil (de choros a comentários aos gritos) durante as músicas. E obrigado pela simpatia no final!

Esperamos que este seja a primeira de muitas visitas!

Ah: Deram uma dica que a montagem de Pedro e o Lobo que está rolando hoje é muito boa… fiquem ligados!

Flores do Japão para a Cidade – Japan House na Paulista

Encaramos a longa fila na calçada da Avenida Paulista, perto do Hospital Santa Catarina, sem saber muito o que esperar. Tínhamos visto na imprensa que a casa era um presente do Governo Japonês para São Paulo e que estava bacana. A tarde estava agradável, estávamos almoçados, com tempo e ficamos animados de entrar na Japan House no primeiro dia de abertura oficial ao público. Fãs do bairro da Liberdade e das palavras “entrada franca” como somos, parecia bom demais para deixar passar.

Nos primeiros minutos de espera, a primeira boa surpresa: O pessoal da Japan House passou pela fila entregando flores! Crisântemos, cravos, margaridas e outras flores coloridas circularam em bicicletas pela avenida, colorindo um pouco mais a tarde. E os “entregadores” pareciam super felizes, o que foi muito legal de ver.

Um pouco mais adiante, passando a bonita fachada de madeira, mais uma surpresa: Uma bola gigante, feita com 600 varetas de Bambu – um chamariz sobre a exposição no 3o andar que iríamos ver em breve.

Depois de uma hora de fila, as crianças já estavam meio impacientes, mas assim que entramos e a exploração do espaço começou, eles se divertiram e gostaram bastante.

No primeiro andar, o ambiente estava mais movimentado entre os displays de vidro, a “floresta de bambu” e a biblioteca, separados por divisórias de papel em forma de favos. Muito bacana.

No segundo andar, um ambiente mais aberto, uma sacada e o novo restaurante do Jun Sakamoto – ainda em fase inicial de soft opening, abriu apenas até as 15hs. Dessa vez, não rolou, mas prometemos voltar para avaliar em breve.

No terceiro andar foi onde passamos mais tempo: A exposição sobre “Bambu”, com várias peças de arte feitas com o material e uma das montagens mais bonitas que já tínhamos visto: “Conexão 2017” de Chikuunsai IV Tanabe. Os “tornados” – representando vidas que se cruzam – foram feitos com 5,000 tiras de bambu tigre, especialmente para a Japan House e ficarão por ali apenas dois meses, antes de serem desmontados. Vale muito a pena dar uma olhada detalhada na obra e assistir o vídeo curto de como tudo foi feito pacientemente pelo artista – desde a escolha e corte dos bambus, até a montagem na sala. Ficamos hipnotizados.

A “casa” inteira é um belo presente e, pelo que vimos ontem, vai ficar ainda melhor. Valeu, Japão!

Nos Playgrouds do MASP

Se você ainda não foi ver como ficou o acervo do MASP exposto novamente nos cavaletes de cristal originais da Lina Bo Bardi e ao mesmo tempo quer um programa para as crianças, está aí uma boa oportunidade.

No nosso caso, aproveitamos também a visita da Vera e Dieter – do Rio, para fazer um programa bem paulistano: MASP, Trianon e uma boa cantina italiana na Pamplona (Osteria Generale no caso) seguida de café com mil folhas delicioso na Dulce France.  Tudo a pé e vagarosamente.  Altamente recomendável para estes dias mais frescos do inverno.

Começamos cedo pelo acervo principal do MASP no 2o andar e gostei muito do visual clean que as obras em cavaletes de vidro proporcionam. Com 7 anos, as crianças também aproveitaram bem e notei que já começam a reconhecer alguns artistas e estilos. Bacana.

Depois, fomos visitar os “Playgrounds 2016” (de 18 de Março a 24 de Julho de 2016) no mezzanino e subsolos do museu. As crianças obviamente curtiram mais a parte lúdica e jogos gigantes de montar no 2o subsolo.  Por ali ficamos por um bom tempo, vendo-os brincar. Fique ligado também nas oficinas de desenho para os pequenos.

Apesar do descuido atual do Vão Livre (que evitamos mais uma vez), o MASP continua sendo um lindo programa na Avenida Paulista e um local muito querido para nossa família.

Endereço:
Avenida Paulista, 1578
CEP 01310-200 Bela Vista – São Paulo – SP

Telefone:
11 3149 5959

Horários: Terça a domingo: 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)
Quinta-feira: 10h às 20h (bilheteria até 19h30)

Ingressos:
R$25 (entrada)
R$12 (meia-entrada)

Museu de Arte Sacra – Metrô Tiradentes

A arte sacra é meio complicada para crianças. Admito que apesar da inocente simplicidade de algumas peças, ter que encarar um Cristo sangrando numa cruz não cai bem nem para mim numa manhã de sábado… Mas os pequenos fazem perguntas interessantes (Como o P com sua difícil “Mamãe, Deus já nasceu morto?”)  e parecem se satisfazer com as explicações que damos sobre a história daquele homem e alguns de seus amigos santos. Se você não se importa (ou curte) essa exposição a arte da religião católica, o Museu de Arte Sacra pode ser um bom programa.

Esse museu fica ali do lado do quartel da ROTA, na Av. Tiradentes. Dá pra estacionar no museu (gratuito, vagas bem limitadas), na rua das noivas e caminhar até o local ou ainda melhor: pegar um Metro até a est. Tiradentes, que fica bem ao lado.

O acervo tem lindas peças de arte sacra antiga, peças históricas e algo de naif religioso, tudo isso no térreo de um velho Mosteiro, colado a capela do Frei Galvão (o das pílulas).  Adicionalmente do lado oposto do complexo do museu, as crianças não podem deixar de ver um super presépio “always ON”…

Entrada r$6… Crianças menores de 5 não pagam e estudantes pagam meia. Gratuito nos sábados.

 

 

Um novo jeito de curtir a Estação Catavento – Labs (Centro da Cidade)

As perspectivas do primeiro dia de carnaval não pareciam boas… A D queria fazer uma visitinha a 25 de Março para comprar coisas para o (ainda distante) aniversário triplo… Mas daí veio a idéia: E se eu e os 3 ficarmos esperando na Estação Catavento ?

O nosso passeio favorito na cidade está aberto no sábado e domingo de carnaval de 9 as 17hs, então aproveitamos!

Fica a dica: Dessa vez, logo na entrada pegamos senhas para os Laboratórios de Química (30 min, vários horários durante o dia) e para o Laboratório de Nanotecnologia (60 min, vários horários). Cada lab tem capacidade para umas 20 pessoas, então é bom chegar cedo (chegamos as 9 em ponto) ou ir num dia calmo. Fizemos um tour rápido do primeiro andar, que conhecemos bem, paramos para um pão de queijo com café na lanchonete e seguimos para o reformado andar superior, que está sensacioal! Tem parede de escalada, vários laboratórios, exposições e muita coisa interativa e atual para crianças de todas idades. Sério. É impressionante.

O Lab de química foi divertido e educativo, com explosões, líquidos corrosivos, reações luminosas e boas piadas. As crianças ficaram vidradas – o que me impressionou bastante.

O Lab de Nanotecnologia foi muito informativo (para mim) e um pouco sofrido para as crianças nos 30 minutos iniciais. Mas depois que os videogames (sim, videogames educativos) começaram, as crianças curtiram bastante.

E mais uma dica… no sábado é de graça!

Galeria do Rock – Programa alternativo no Centro

Já estamos ficando acostumados a pegar a Linha Amarela do Metrô na Faria Lima e seguir rapidamente para o centro. As crianças adoram e é prático. Dessa vez paramos na estação República e seguimos a pé para a Galeria do Rock ali na 24 de Maio, 62.

Antes de mais nada, é bom saber que não abre no domingo… Só de segunda a sábado, mais ou menos em horário comercial, das 10am as 6pm. Para quem não conhece, o local  é  um prédio comercial dos anos 60, que passou por uma revitalização e passou a ser conhecido como a Galeria do Rock nos anos 90. São mais de 400 lojas, entre brechós, boutiques, lojas de “discos”, lojas de camisetas, de bonés, de bordados, de impressão, de nerds e estúdios de tatuagem, grafite, cabeleireiros e lanchonetes… quase tudo numa pegada meio alternativa. A D esperava mais… e realmente talvez tenha faltado mesmo a parte “cultural” que se divulga no site deles. Enfim, interessante de ver, mas na muvuca, é bom ficar de olho (e mãos dadas) com as crianças.

Complementamos o programa com uma passada em frente ao Theatro Municipal (precisamos arrumar algo para ir lá…), almoço no bom e velho Ponto Chic do Largo do Payssandú (logo atrás) e depois demos uma passada no Shopping Light. Pegamos o metrô de volta no Vale do Anhangabaú.

Programa barato que sai caro, pois acabamos fazendo várias compras…